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Bom rato

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Boa parte dos meus amigos quando compra um computador novo preocupa-se imenso com a velocidade do CPU e a velocidade do disco e a velocidade da memória e a velocidade do raio que os parta. E depois compra um rato de 1200$00 e um teclado de 1400$00. Ironia. Enquanto o CPU e o disco e a memória e o tal raio que os parta acabam quase sempre por ser bastante desperdiçados, o rato e o teclado são usados por inteiro durante a totalidade do tempo de utilização do computador. Quantas vezes não pego num rato alheio que para que ele se chegue a um ícone quase tenho de lhe atravessar umas chapadas, só porque o rato é de má qualidade ou porque o seu dono nunca se deu ao trabalho de usar um tapete apropriado. Não faz sentido. Para quem, como eu, faz do computador a sua ferramenta principal de trabalho, a forma como se interage com ele deve ter o menor atrito possível, deve facilitar e não dificultar.

O meu rato é um Razer Copperhead e custou um balúrdio. Mais de 60EUR. E vejam só que até tem fio* e tudo. E é grande**! Deu-me um trabalhão a escolher. Ainda para mais porque sou canhoto e, por isso, na perspectiva da minha mão esquerda, a maior parte dos ratos são uma massa de plástico disforme e inútil. O que faz deste rato tão especial é o simples facto de conseguir executar na perfeição aquilo para que os ratos servem: empurrar a setinha pelo ecrã a fora. Diz que é especial para gamers. Não sei, não sou um gamer. Mas no que toca a ratos sou tão exigente quanto eles.

Como escolher? No caso do teclado dou importância a dois factores: conforto e robustez. No caso dos ratos: além do óbvio conforto, fugir a sete pés de ratos com bola (se é que ainda existem), escolher os de luz, dando preferência aos laser. Uma especificação importante é a quantidade de DPI (dots per inch), ou seja, a sua resolução ou sensibilidade.

  • É curioso notar como a maioria das pessoas não hesita em esbanjar 50EUR ou mais num rato sem fio que na maior parte das vezes não funciona bem. Eu incluo-me nessa maioria porque também comprei um, mas aposentei-o porque me desapontou.

** Também conheço vários utilizadores de portáteis que adoptaram ratinhos raquíticos próprios para portátil com a desculpa de que são mais leves do que os outros para transportar na mala. Sejamos razoáveis: a diferença de peso é apenas de uns gramas; já a diferença de ergonomia… é enorme. Além disso esses ratos de brincar nunca são grande coisa.

E pronto, meus amigos, está o conselho dado.

Nota: este artigo foi publicado há uns anos no meu blog pessoal, mas como ainda me parece pertinente, republico-o aqui.

O Abapinho saúda-vos.