Livrei-me finalmente dos prefixos
Demorei muitos anos mas finalmente livrei-me do raio dos prefixos.
Demorei muitos anos mas finalmente livrei-me do raio dos prefixos.
O ABAP 7.4 trouxe uma série de novidades aplaudidas. Mas de todas, aquela em que menos se fala é o novo tipo de dados MESH
.
Vamos ver aqui quão injusto é tê-lo votado ao abandono.
Quando é preciso fazer alterações de fundo ao código o IDE do SAPGui não ajuda. O Eclipse ADT já é bem melhor mas mesmo assim há muitas alterações que essas ferramentas não conseguem automatizar. Nomeadamente alterações que têm de ser feitas centenas de vezes e que não se conseguem fazer com um simples find and replace. Nesses casos o mais normal é acabar por fazer tudo à mão.
Quando vais modificar registos na base de dados é comum fazeres primeiro um SELECT
para ver como as coisas são e depois então fazeres UPDATE
como as coisas serão.
Quando chego a um projecto novo atribuem-me uma chave de desenvolvimento para cada sistema de desenvolvimento associado. Normalmente esta é-me enviada por e-mail. Normalmente perco-lhes o rasto.
A nova forma de ler de tabelas internas é também a nova forma de escrever em tabelas internas.
Imagina que és um macaco pendurado no galho de uma árvore. Queres saltar para outro galho mas ele está tão longe que não o consegues ver. Se saltares arriscas-te a cair ao chão. É mau.
No final do século passado, um determinado gestor de projecto de um determinado cliente meteu na cabeça que não queria fazer upgrade ao seu sistema SAP. Em vez disso decidiu implementar manualmente as notas SAP equivalentes a fazer esse upgrade. Todas as 1000 notas.
Na terça-feira fui convidado pelo Renan Correa para participar no podcast Sem especificação.
Há várias desculpas para não usar a nova sintaxe funcional do ABAP 7.4. Uma delas é dizer que é impossível fazer debug.
Só que não é.
Um dos principais pontos fracos de um programa são os dados introduzidos pelos utilizadores.
Tens a certeza de que o teu SQL é à prova de bala?
Os programadores ABAP são muito poupadinhos. Quando lhes aparece um LOOP à frente gostam de o aproveitar para fazer tudo e mais alguma coisa. Mesmo que esse LOOP fique com centenas ou milhares de linhas.
O ABAP evolui (embora durante muitos anos não parecesse). E à medida que evolui vai deixando para trás alguns comandos ou formas de fazer as coisas porque disponibiliza outras melhores.
Para além de aprender a usar as novidades é também importante aprender a deixar de usar o que vai ficando obsoleto.
Quando os programas estão mal feitos por terem código duplicado, se os reescrevemos ficam mais curtos. Mas se, pelo contrário, estiverem mal feitos por não estarem devidamente estruturados em várias classes com vários métodos, podem ficar bem mais longos se os reescrervemos de acordo com as boas prácticas.