A Ressurreição de um programa

Batendo impetuoso com seus braços no peito,
o famoso guerreiro gritava desesperado:
“Oh meu Zeus! Apaguei um grande programa,
um programa precioso, feito de bronze,
forjado por vós deuses no próprio Olimpo.
Que será de mim quando isto for descoberto!
Oh, ignomínia! Oh, funesto infortúnio!
Zeus pai, não te enfureças com tal revés,
Se és mesmo meu pai, acode-me ao invés.”
Assim falou; e Zeus compadeceu-se dele que chorava,
garantindo que seu programa se salvaria e não pereceria.
Logo enviou uma águia, mais seguro dos alados portentos.
Quando o guerreiro viu que da parte de Zeus viera a ave,
acalmou-se e viu que seus pés lhe traziam uma mensagem.
“Do nada criarás um programa novo, jovem e virgem,
e farás que tenha exactamente o mesmo nome que o
desventurado programa que tu, infeliz, apagaste.
Criado o programa, entrarás nele ainda oco e vazio e
seguirás pela vereda de menus que agora te é indicada:
Utilitários -> Versões -> Administração de versões,
e verás, pobre mortal, que as várias vidas passadas
do programa que equivocado em peleja assassinaste,
ainda lá estão, entregues ao sono. Aguardam que tu
escolhas uma que, qual Fénix alado, das cinzas,
renascerá e tornará a brilhar no mundo dos vivos.”
O guerreiro restitui a vida ao falecido programa e
logo oferece uma hecatombe a Zeus seu pai,
agradecendo-lhe a preciosa ajuda divina,
podendo assim seguir descansado sua vidinha.
Nota: esta dica não se aplica só a programas mas a todos os objectos que continham versões anteriores antes de serem apagados.
16 de Dezembro de 2010 às 13:30
Bela dica… Não fazia a mais pequena ideia… Mas o melhor mesmo é o texto :)
Abraço,
Bruno!
22 de Dezembro de 2010 às 12:11
E se for um programa local (sem request), existe alguma possibilidade parecida?
22 de Dezembro de 2010 às 12:12
Infelizmente… que eu saiba, não.
20 de Março de 2012 às 16:45
excelente dica e texto!
tava inspirado quando escreveu ein! sahuahsusahuhsau
parabéns pelo site, encontrei várias dicas muito úteis!
abraço!
22 de Março de 2012 às 9:54
Olá Adriano, obrigado! Na verdade o post foi amplamente inspirado na Ilíada do Homero. Ele sim, grandioso pai das letras, merece o crédito eh eh