As duplas negativas dos RANGEs
Os RANGEs têm propriedades interessantes.
Os RANGEs têm propriedades interessantes.
Vamos por partes.
Imagina um cenário em que tens uma tabela de parametrização com vários níveis de detalhe que podem ou não estar definidos:
BUKRS (empresa)
WERKS (plant)
LGORT (depósito)
Quando um dos campos está vazio, é um wildcard, ou seja, é válido para todos os valores.
Depois de 10 anos a usar o Evernote, este ano comecei a procurar alternativas. No início o Evernote era fantástico. Mas parou no tempo e deixou-se ultrapassar. Entretanto apareceram tantos conceitos novos: jardins digitais, backlinks , Zettelkasten , Evergreen notes , MOCs, etc. E o Evernote lá continua, igual ao que sempre foi, condicionando-nos a tirar notas em vez de criar notas.
Um dos primeiros artigos do Abapinho foi sobre o Evernote. Ou melhor, foi sobre a importância de tomar notas. Mas nele eu explicava como uso o Evernote para tirar essas notas.
Parece mentira mas passaram 10 anos. 10 anos a tirar notas no Evernote. Infelizmente parece que quem faz o Evernote deve ter parado de tirar notas há muitos anos porque o Evernote pouco evoluiu desde que o adoptei. Aliás, na versão iOS, piorou. Já lá vão 10 anos e ainda não conseguiram sequer (tentar?) implementar uma forma decente para editar tabelas. Burros.
Hoje debruçamo-nos sobre como tentar optimizar o código para transformar um SELECT num RANGE.
Quem lê o Abapinho sabe que eu defendo o uso e abuso do ABAP Package Concept. Hoje em dia a primeira coisa que eu faço quando começo um desenvolvimento novo é criar-lhe um pacote encapsulado que guardará todos os seus objectos que, nos casos mais complexos, será um pacote “Main” ainda subdividido em vários sub-pacotes.
Fica aqui a minha modesta proposta para criar uma árvore de pacotes Z que ajude a organizar aquilo que é normalmente uma confusão danada.
No outro dia estava a aprender sobre ST (Simple Transformations) e lembrei-me que, ainda que tenha sido desenvolvida para transformar dados, é uma forma práctica de guardar dados XML.
Temos o seguinte XML:
<cocktails>
<cocktail id="gt" nome="Gin Tonic"/>
<cocktail id="ws" nome="Whiskey Sour"/>
<cocktail id="cl" nome="Campari Laranja"/>
</cocktails>
É frequente ao programar começar a sentir um cheiro desagradável. Normalmente não consigo logo identificar o que é. Sinto apenas uma leve mas incómoda fragrância. À medida que vou cheirando com mais propósito vou conseguindo perceber de onde vem. Mas mesmo nessa altura, muitas vezes ainda não me é perfeitamente claro porque é que aquele cheiro dali vem.
Desde 1998 que oiço colegas ABAPers dizerem que não vale a pena meter determinado código numa função ou método porque não lhes parece que este vá tornar a ser reutilizado. E lá vão continuando na SE38 a fazer os seus reports cheios de includes.
A ideia de que a principal razão para encapsular código é poder reutilizá-lo é um dos maiores mal entendidos da história do nosso planeta.
No mundo do SAP, o código ABAP onde cai é onde fica.
Num dia o Manel faz uma coisa mal porque está com pressa ou não sabe fazer melhor. Um ano depois pedem ao António para fazer uma pequena alteração. O António vê a asneira do Manel mas não a melhora porque, por alguma razão, no mundo do SAP, alterar código que está a funcionar, por muito mau que seja, é tabu. Em vez disso, acrescenta o seu código ao já existente de forma geralmente acrítica.
Esta atitude, quando adoptada por todos, contribui para uma inevitável erosão do código de um sistema que, após alguns anos, se tornará ingerível.
No meu entender, isso está errado e vai contra os interesses do cliente. Aliás, mesmo se o cliente não quiser que se mexa no código antigo… eu mexo. Quem é ele para me dizer como é que se programa?
A transacção SE37 permite testar módulos de função. Por vezes esses módulos de função utilizam tabelas. Pode dar-se o caso de precisarmos de carregar muitas linhas de dados de teste em uma ou mais dessas tabelas.
Aqui fica um truque para o conseguir fazer a partir de um ficheiro.
Este artigo é da autoria de José Vília.
A ovelha Dolly está no ABAP e eu não sabia.
Depois de criar uma instância de uma classe, gostava de partilhá-la com outro programa totalmente independente para que este outro programa posso usá-la como se a tivesse instanciado.
Como se de uma fábrica de ovelhas Dollies se tratasse, o ABAP pode utilizar serialização para resolver o problema.
A lei do menor esforço, esse grande axioma da Humanidade, tem, no mundo da programação, a particularidade de, em muitos casos, acabar por ser simplesmente a lei do esforço adiado. Porque é muito provável que algo que tenha sido desenvolvido de acordo com esta lei venha mais tarde a precisar de um grande esforço extra. Seja dos utilizadores que vão utilizar esse algo ou dos programadores que mais tarde terão de o manter.
Atire a primeira pedra aquele que não se deixou guiar por esta lei ao desenvolver este ou aquele programas.
Eu não atiro.
Prólogo
Quando digo que gosto de usar diagramas de classes UML para documentar o meu código as pessoas acham que sou maluco.
Introdução
O UML ganhou má fama porque as pessoas pensam que primeiro se faz o diagrama de classes todo em UML e só depois o programa. Mas isso era em 1996, quando se achava que a primeira coisa a fazer era o desenho técnico todo, mesmo que na práctica ninguém nunca o fizesse.
Hoje em dia felizmente já não temos vergonha de dizer que o próprio acto de programar é já em si uma forma de desenhar.
Todos os dias o ABAP me revela coisas novos. Às vezes coisas que mais valia eu nem saber que existem. Como esta.
A tabela T056P tem um campo com uma data. Fazendo um SELECT a esta tabela filtrando pela data não conseguia obter nada de jeito. Mas o código parecia correcto. Na SE16N descobri que o intervalo de datas também não funcionava conforme esperado: só apresentava resultados quando a data final era colocada no LOW e a inicial no HIGH. Bizarro.