Como evitar <i>timeout</i> ao correr um programa

Normalmente os sistemas SAP têm definido um tempo limite para que um programa possa correr interactivamente. Se o programa demorar mais ocorre um erro de execução (vulgo dump ).
Normalmente os sistemas SAP têm definido um tempo limite para que um programa possa correr interactivamente. Se o programa demorar mais ocorre um erro de execução (vulgo dump ).
No início dos tempos usava-se a transacção SE17 para ver o conteúdo de tabelas. Rapidamente sentiram vergonha e decidiram fazer uma coisa melhorzinha a que chamaram SE16. Depois inventaram a ALV e surgiu a SE16N (e muita gente continuou até hoje a usar a SE16, algo que me ultrapassa).
Hoje apresento-vos a SE16H.
Se tu és daquelas pessoas que ainda usa a SE16, este artigo não é para ti. Se continuares a ler corres o risco de encontrar ainda mais uma razão para finalmente passares a usar a SE16N (como se todas as outras não fossem já suficientes).
Imagina que queres seleccionar todos os materiais que tenham “PREGO" no nome e que sejam do tipo FERRAGENS e além disso todos os materiais que tenham “GUARDANAPO" no nome e que sejam do tipo COMIDA. Ou seja, não deverá aparecer o “PREGO_NO_PAO” nem o “GARDANAPO_PAPEL”. O que tu queres é isto (faz de conta):
(MATNR = “PREGO%” AND MTART = “FERR” ) OR (MATNR = “GUARDANAPO%” AND MAKT = “COMI” )
Como bem sabes, numa utilização normal (sem recorrer a isto que te vou mostrar) da SE16N terias de a executar duas vezes e cruzar manualmente a informação porque o ecrã de selecção não dá para fazer ORs.
Ou dá?
Sabias que quando invocas uma função com a opção DESTINATION ‘NONE’ estás a iniciar uma nova LUW? Isto pode parecer apenas uma curiosidade, mas há um caso em que pode fazer toda a diferença: sabes aqueles módulos de função que ao serem chamados uma segunda vez têm um comportamento diferente da primeira vez? Isto acontece porque eles hão-de ter alterado alguma variável global ao grupo de funções. Ora se iniciares uma nova LUW quando chamares a função, o seu grupo de funções é automaticamente inicializado e assim garantes que o comportamento da função é o esperado.
Há módulos de função standard que lançam mensagens e não deviam. Não deviam porque depois queremos usá-las em programas não interactivos e, em vez de devolverem o erro, atiram com uma mensagem para o ecrã que dá cabo do processo.
Mas, provavelmente por ter tomado consciência deste problema, a SAP disponibilizou uma forma elegante (mas muito mal documentada) de resolver o problema.
A SAP não sabe fazer as coisas bem à primeira. As WebDynpros são um bom exemplo disso. Aquilo nem sequer permite pesquisar texto. É triste.
Felizmente o Sérgio Fraga descobriu uma forma, ainda que rebuscada:
Por muitas voltas que eles dêem no ABAP, acaba tudo por ir dar à SE38. Até os métodos das classes ABAP são guardados em includes.
Às vezes quando há um dump diz que o problema está, por exemplo, aqui: CL_MESSAGE_HELPER=============CM001.
Liberaste uma ordem de transporte porque achavas que estava tudo pronto. Mas afinal ainda faltava fazer mais uma pequena modificação. E agora vais ter de criar uma nova ordem e transportar as duas. Que grande chatice.
Calma.
O editor de ABAP tem coisas que não lembram ao diabo. Até dá para escrever ao mesmo tempo em várias linhas.
Sabes a diferença entre um mistério e um enigma? Num enigma sabe-se que há uma solução mas esta não é conhecida; já num mistério, não se sabe se haverá solução.
Concordas com isto? 5 * 3 / 10 = ( 5 * 3 ) / 10 = 5 * ( 3 / 10 ) = 1.5
Se não concordas, devias concordar porque é um facto matemático.
Mas vamos lá fazer umas experiências.
Um amigo de um amigo de um amigo disse que um amigo dele conhecia um amigo que, num bar de alterne ali nas docas, lhe explicou como roubar os dados a uma SALV.
Todo os funcional, até o mais funcional dos funcionais, sabe que para começar a depurar (vá, a fazer debug a) um programa ABAP se usa o comando /H. Mas raro será o programador, mesmo o mais programador dos programadores, que saberá para que serve o comando /HS.
Baixa a música. Fecha a porta. Olha à volta. Está alguém a olhar para ti? Não estás a ser observado? Nem câmaras de vigilância? Então, podemos continuar.